Como funciona a terapia de reposição hormonal?
Postado em: 13/01/2025
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) é um tratamento eficaz que recomendo para aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor, secura vaginal e alterações de humor. Além disso, a TRH desempenha um papel importante na prevenção da osteoporose, ao repor o estrogênio, cuja produção diminui naturalmente nessa fase da vida.
Esse tratamento pode ser realizado com comprimidos, adesivos ou cremes à base de estrogênio. Cada caso é avaliado individualmente, considerando idade, intensidade dos sintomas e níveis hormonais. A duração geralmente varia entre 2 e 5 anos.
Quer entender melhor como a terapia de reposição hormonal pode melhorar sua qualidade de vida? Continue lendo para esclarecer todas as suas dúvidas sobre o tratamento.
Para que serve a terapia de reposição hormonal?
A terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada para:
- Aliviar sintomas vasomotores: como ondas de calor, suor noturno e palpitações;
- Prevenir a perda óssea: reduzindo o risco de osteoporose;
- Tratar a síndrome genitourinária: incluindo secura vaginal, dor durante o contato íntimo e infecções vaginais recorrentes.
A TRH permite repor os níveis de hormônios femininos, como estrogênio e progesterona, oferecendo alívio para sintomas moderados a graves da menopausa e prevenindo alterações decorrentes da desregulação hormonal.
O ideal é iniciar o tratamento até 10 anos após a última menstruação. Quanto mais cedo for iniciado, melhores serão os resultados e menores os riscos associados.
Como é feita a terapia de reposição hormonal?
A TRH pode ser realizada de diversas formas, como via oral, adesivos transdérmicos, cremes vaginais ou outros métodos, sempre com orientação personalizada. Cada caso é único, e o tratamento é ajustado de acordo com os sintomas, histórico de saúde e necessidades específicas de cada mulher.
Os principais tipos de TRH incluem:
1. Terapia com estrogênio e progesterona
Indicada para mulheres que ainda possuem útero, essa combinação reduz o risco de câncer de endométrio associado ao uso isolado de estrogênio. Exemplos de medicamentos utilizados:
- Estradiol e didrogesterona (Femoston Conti);
- Valerato de estradiol e acetato de ciproterona (Climene).
2. Terapia com estrogênios
Indicada para mulheres que passaram por histerectomia, esta opção utiliza:
- Estrogênios conjugados (Premarin);
- Adesivos de estradiol (Estradot).
Para sintomas genitourinários predominantes, podem ser usados estrogênios vaginais em gel, creme, comprimidos ou anéis vaginais.
3. Terapia com progesterona
Em alguns casos, a progesterona isolada é utilizada, especialmente para complementar o tratamento com estrogênios em mulheres com útero. Um exemplo comum é o acetato de medroxiprogesterona (Provera).
Reposição hormonal natural
Além dos tratamentos convencionais, existem plantas medicinais, como erva-de-São-Cristóvão, amora negra e salva, que possuem propriedades capazes de aliviar sintomas da menopausa. Essas plantas contêm fitoestrogênios, substâncias naturais semelhantes ao estrogênio, que ajudam a promover o equilíbrio hormonal.
Embora sejam úteis, essas opções não substituem a terapia hormonal tradicional, especialmente em casos mais severos. Por isso, sempre oriento minhas pacientes sobre o uso seguro e eficaz dessas alternativas.
Quando a terapia hormonal não é recomendada
Nem sempre a terapia de reposição hormonal é indicada. Existem algumas condições em que os riscos superam os benefícios, tais como:
- Histórico pessoal ou familiar de câncer de mama ou útero;
- Doença hepática ou biliar;
- Sangramento genital de causa desconhecida;
- Doença tromboembólica ou histórico de AVC ou infarto;
- Lúpus eritematoso sistêmico;
- Alterações na coagulação sanguínea.
Nesses casos, dentro do campo da ginecologia endócrina, sempre busco alternativas naturais ou outros tratamentos para minimizar os sintomas do climatério e da menopausa, priorizando as necessidades e a segurança de cada paciente.
Lembre-se: cada mulher é única, e o tratamento deve ser personalizado. Para saber mais ou esclarecer dúvidas sobre a melhor abordagem para você, entre em contato comigo!
Quais são os riscos da terapia hormonal?
A terapia de reposição hormonal (TRH), especialmente a combinação de estrogênio e progesterona, pode estar associada a alguns riscos, como:
- Doença cardíaca;
- Acidente vascular cerebral (AVC);
- Coágulos sanguíneos;
- Câncer de mama.
No entanto, esses riscos variam de acordo com diversos fatores:
Idade: iniciar a TRH após os 60 anos ou mais de 10 anos após a menopausa pode aumentar os riscos. Por outro lado, para mulheres que iniciam o tratamento antes dos 60 anos ou dentro de 10 anos da menopausa, os benefícios geralmente superam os riscos.
Tipo de terapia: o risco depende se o estrogênio é usado sozinho ou em combinação com progestina, assim como da dose e da forma de administração (oral, transdérmica, vaginal, entre outras).
Histórico de saúde: fatores como histórico familiar de câncer, doenças cardíacas, AVC, coágulos sanguíneos e outras condições influenciam diretamente a indicação da TRH.
Esses fatores são avaliados com muito cuidado para garantir a segurança e a eficácia do tratamento. Estou aqui para ajudar você a tomar uma decisão informada e melhorar sua qualidade de vida.
Cuidando da sua saúde com atenção
Durante a consulta, analiso todos os aspectos com cuidado, esclareço suas dúvidas e, junto com você, decido se a terapia hormonal é a melhor opção para suas necessidades. Meu objetivo é ajudar você a encontrar o caminho ideal para seu bem-estar, oferecendo suporte completo durante todo o processo.
Se tiver dúvidas ou quiser saber mais sobre a TRH, agende uma consulta comigo. Estou aqui para cuidar de você!
Dr. Thiago Nóbrega
Ginecologista Obstetra, Especialista em Endocrinologia Ginecológica e Reprodução Humana
CRM-SP: 212384 I RQE: 115885
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