Contracepção e Idade: Considerações para Todas as Fases da Vida
Postado em: 19/05/2025
Escolher o método contraceptivo ideal não é uma decisão definitiva. Com o passar dos anos, o corpo da mulher muda, os objetivos de vida também, e com eles surgem novas necessidades em relação à saúde reprodutiva e à Contracepção.

As decisões devem ser pensadas de forma personalizada, considerando idade, estilo de vida, presença ou ausência de doenças, histórico familiar e planos para o futuro.
Desde a adolescência até a transição para a menopausa, é essencial compreender como o ciclo reprodutivo evolui e como os métodos contraceptivos devem ser adaptados a cada fase.
A seguir, descubra como a escolha correta ajuda não apenas a prevenir gestações indesejadas, mas também a tratar sintomas hormonais e proteger a saúde ginecológica da mulher!
Contracepção e adolescência: início da vida sexual e orientação segura
Na adolescência, o foco deve estar na educação contraceptiva e sexual segura.
Métodos reversíveis e de fácil adesão são os mais recomendados, além de opções que não exijam atenção diária. As alternativas mais utilizadas incluem:
- Pílula combinada ou minipílula, desde que com boa adesão.
- Injetáveis mensais ou trimestrais, ideais para quem prefere menos manipulação.
- Implantes subdérmicos e DIU hormonal, eficazes, de longa duração e com alto índice de segurança.
- Preservativo masculino e feminino, que além de contracepção, oferecem proteção contra ISTs.
O acompanhamento médico é essencial para garantir orientação adequada e segurança desde o início da vida sexual.
Contracepção e fase reprodutiva ativa: praticidade e planejamento
Dos 20 aos 35 anos, muitas mulheres já têm um padrão menstrual estabelecido e podem optar por métodos que combinem “Contracepção“ e benefícios hormonais.
É o período em que o desejo de adiar ou planejar a gravidez costuma ser mais presente, o que torna os seguintes métodos bastante populares:
- DIU de cobre ou hormonal, especialmente para quem busca praticidade e alta eficácia.
- Pílulas combinadas com baixa dosagem hormonal, que podem ajudar no controle de acne e cólicas.
- Anel vaginal ou adesivo hormonal, como alternativas à via oral.
- Implantes hormonais, para quem prefere métodos de longa duração.
- Preservativos, sempre recomendados para prevenção de ISTs, inclusive em relacionamentos fixos.
Nessa fase, a contracepção também pode ser adaptada para acompanhar outras condições, como síndrome dos ovários policísticos, endometriose ou variações hormonais significativas.
Contracepção acima dos 35 anos: risco cardiovascular e planejamento de transição
A partir dos 35 anos, especialmente se a mulher fuma, possui hipertensão ou outras comorbidades, os riscos dos métodos que contêm estrogênio devem ser avaliados com cautela.
É comum que o metabolismo hormonal comece a se modificar, exigindo ajustes nos métodos. Opções mais seguras incluem:
- DIU hormonal ou de cobre, eficazes e com poucos efeitos sistêmicos.
- Implantes ou injetáveis com progesterona isolada.
- Laqueadura tubária ou vasectomia do parceiro, em casos de desejo contraceptivo definitivo.
Também é o momento de começar a falar sobre a transição para o climatério, avaliando possíveis sintomas e adaptando o método com foco na saúde geral da mulher.
Climatério e menopausa: é preciso manter a contracepção?
Muitas mulheres acreditam que, após os 45 anos, já não precisam mais de métodos contraceptivos. Mas enquanto a menopausa não é confirmada (ausência de menstruação por 12 meses consecutivos), ainda há risco de gravidez.
Nesse período, os métodos preferidos são:
- DIU de cobre, pela segurança e ausência de hormônio sistêmico.
- Injetáveis trimestrais, em casos específicos.
- Métodos definitivos, como laqueadura.
A escolha deve considerar também os sintomas da perimenopausa, como irregularidade menstrual, ondas de calor ou alterações de humor, podendo se associar à reposição hormonal, quando indicada.
A contracepção, em todas as fases da vida, precisa ser adaptada com critério, escuta e acompanhamento médico regular. Um método eficaz e bem tolerado contribui para o bem-estar físico, emocional e reprodutivo da mulher, respeitando seus desejos e necessidades em cada etapa.
Vamos conversar e entender quais são suas opções ideais? Agende uma consulta!
Dr. Thiago Nóbrega Cardoso
Ginecologia e Obstetrícia
CRM-SP: 212384
RQE: 115885
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