Quando Considerar a Terapia de Reposição Hormonal

Postado em: 12/05/2025

A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) é um recurso indicado frequentemente para tratar os sintomas causados pela queda dos hormônios femininos, especialmente durante o climatério e a menopausa. 

Quando Considerar a Terapia de Reposição Hormonal

Essa alternativa pode trazer diferentes benefícios para o bem-estar e a qualidade de vida, mas é preciso entender seus prós e contras para tomar uma decisão informada, assim como verificar se ela é uma opção segura de acordo com as particularidades do seu organismo.

A seguir, entenda como funciona a terapia de reposição hormonal e seus possíveis benefícios e riscos!

Qual a função da terapia de reposição hormonal na menopausa e no climatério?

A queda dos níveis de estrogênio e progesterona pode causar uma série de sintomas físicos e emocionais, como ondas de calor, sudorese noturna, ressecamento vaginal, insônia, perda de libido, alterações de humor e perda da densidade óssea. 

Quando esses sintomas interferem significativamente na vida da paciente, a Terapia de Reposição Hormonal se torna uma possibilidade importante.

Essa abordagem busca promover um maior equilíbrio hormonal no corpo, ajudando a harmonizar suas funções e reduzir os impactos da queda da produção de hormônios.

Quais os benefícios mais comuns da terapia de reposição hormonal? 

Nem toda mulher sente os efeitos da menopausa da mesma forma, e nem todas precisam de tratamento hormonal. 

Mas quando os sintomas são intensos e afetam a qualidade de vida, a TRH pode proporcionar benefícios relevantes, como:

  • Redução de ondas de calor e suores noturnos;
  • Melhora da qualidade do sono;
  • Aumento da lubrificação vaginal e da libido;
  • Prevenção da osteoporose e perda de massa óssea;
  • Melhora do humor e da disposição física e mental;
  • Proteção cardiovascular (em mulheres selecionadas e com início precoce da TRH).

Esses benefícios, no entanto, só são alcançados quando a terapia é iniciada no momento adequado, com as doses corretas e com acompanhamento médico contínuo.

Quando a terapia de reposição hormonal não é recomendada?

Apesar das vantagens, a TRH não é indicada para todas as mulheres. Existem situações clínicas em que os riscos superam os benefícios, e é justamente por isso que a avaliação individualizada é tão importante.

As principais contraindicações da terapia de reposição hormonal incluem:

  • Histórico ou presença de câncer de mama, câncer de endométrio ou outro tipo de câncer relacionado a fatores hormonais.
  • Histórico ou presença de doenças tromboembólicas (como trombose venosa profunda ou embolia pulmonar).
  • Doenças hepáticas graves.
  • Sangramento vaginal sem causa diagnosticada.
  • Infarto ou AVC recentes.

A TRH pode aumentar os riscos já existentes nessas condições, favorecendo complicações ou o desenvolvimento de novos quadros.

Além disso, mulheres com fatores de risco cardiovasculares importantes ou histórico familiar de câncer hormonal dependente precisam de avaliação criteriosa e, muitas vezes, de alternativas não hormonais para o alívio dos sintomas.

Quais podem ser os efeitos adversos e riscos da terapia de reposição hormonal?

Mesmo para pessoas que não se encaixam nas situações mencionadas acima, a TRH pode apresentar efeitos colaterais e riscos que devem ser discutidos com a paciente de forma transparente. Os principais incluem:

  • Inchaço ou sensibilidade nas mamas;
  • Retenção de líquidos;
  • Alterações de humor ou náuseas nas primeiras semanas;
  • Risco aumentado de trombose em algumas pacientes;
  • Pequeno aumento no risco de ter câncer de mama em uso prolongado, especialmente quando a terapia não é personalizada.

Por isso, o acompanhamento de um médico com experiência em ginecologia endócrina é essencial para ajustar doses, monitorar exames e avaliar continuamente a resposta ao tratamento.

Qual o momento certo para iniciar a TRH?

O melhor momento para iniciar a terapia de reposição hormonal é logo nos primeiros anos após o início da menopausa, preferencialmente antes dos 60 anos ou até 10 anos após a última menstruação. 

Esse período é chamado de “janela de oportunidade”, quando os riscos são menores e os benefícios metabólicos e cardiovasculares são mais evidentes.

Fora dessa janela, o tratamento pode ainda ser possível, mas exige uma avaliação mais aprofundada e cuidadosa.

A escolha de optar ou não pela terapia de reposição hormonal deve ser feita com base em uma escuta atenta, exame físico, análise qualificada do histórico familiar e pessoal, e exames laboratoriais que orientem as melhores opções. 

Com a orientação adequada, é possível atravessar o climatério com saúde, conforto e bem-estar. Agende uma consulta e vamos conversar sobre as melhores opções para você!

Dr. Thiago Nóbrega Cardoso
Ginecologia e Obstetrícia
CRM-SP: 212384
RQE: 115885 

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Como funciona a terapia de reposição hormonal?


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